Misoginia na Política
Não é de hoje que mulheres na política são alvo fácil de ataques constantes. Seja pessoalmente ou via correspondências ou até mesmo ataques cibernéticos, fica muito claro que as mulheres não são bem vindas no meio político apesar de sermos 49.6% da população global.
Quem irá representar nossos interesses?
De acordo com um relatório das Nações Unidas, existem somente 22 países cujas líderes de governo são mulheres e 119 nações nunca foram dirigidas uma por mulher. Quando se trata de ministras mulheres, 14 países alcançaram a marca de terem 50% de mulheres nos gabinetes e a média mundial é de participação ministerial de 21%. E por aí vai, somos minoria nas representações políticas.
Jacinda Ardern, 40th Primeira-Ministra da Nova Zelândia assumiu suas funções atuais em 2017. Apesar de ser uma líder brilhante e ter agido sempre de forma íntegra e competente mesmo em momentos críticos, Jacinda foi especialmente massacrada por amamentar seu bebe nas sessões do plenário. Claro que ela aproveitou sempre estes momentos para defender os direitos das mulheres sobre seus corpos.
Não muito longe dali, na Austrália, a ex-primeira-ministra, Julia Gillard deu um discurso sobre as atitudes misóginas, em especial de um colega que foi votado o discurso político mais memorável de 2012.
Mas isso não é exclusividade daquela região do mundo. Existem ocorrências em todos os cantos do planeta, onde mulheres na política, além de serem minoria, ainda têm que dedicar tempo precioso de trabalho para defender-se de ataques violentos.
Saudando a mandioca
Quem aí se lembra daquele adesivo ofensivo da presidenta Dilma? Ou de muitas vezes ter sofrido chacota por falar coisas como “estocar vento” ou “saudar a mandioca”? A energia eólica é renovável, segura e eficiente. Os Estados Unidos, a maioria dos países europeus e a China são os que mais investiram recentemente em estocar vento, afinal é energia limpa que não produz gases nem outros resíduos.
A mandioca está rendendo muito ao Brasil também. Além de ser um alimento essencial na nossa cultura, cientistas estão criando embalagens compostáveis a partir da mandioca. (Saude a mandioca comigo): Viva!
O assassinato de Marielle
Infelizmente os ataques às políticas brasileiras não se iniciaram e nem pararam depois do golpe parlamentar sofrido por Dilma.
Marielle Franco, vereadora carioca foi covardemente executada há mais de 3 anos, em 14 de março de 2018, um assassinato até hoje sem resolução nem respostas e enquanto isso outras representantes eleitas pelo povo como Taliria Petrone, vereadora no Rio e Carol Dartora, vereadora em Curitiba seguem recebendo ameaças de morte e a vereadora no Recife e professora de Direito do UFPE Liana Cirne fora atacada ao tentar defender, neste ultimo final de semana, manifestantes pacificos num claro caso de abuso de poder da polícia.
Outra situação assustadora foram as ameacas de morte e estupro dirigidas aa filha da Manuela D’avila. A menina tem 5 anos e foi fotografada pelo pai de uma coleguinha de escola e a imagem foi distribuída em círculos de ódio.
Denuncie
Em Montreal, Canadá, o Instituto para estudos de genocídios e direitos humanos da Universidade Concordia está mapeando a violência e ataques cibernéticos contra mulheres na política e assim, nos providenciando com material suficiente para que estes criminosos possam prestar contas de suas ações.
Vamos juntos colaborar e exigir ações da justiça.
Stella Furquim