Sobre bebidas e papel que tem em nossas vidas
Marina Lohmann
Sempre gostei de drinks, vinho , whiskey e uma cachacinha. Mas, devido a uma gastrite, aos poucos fui diminuindo o meu consumo de álcool socialmente, substituindo por drinks sem álcool, sucos e na maioria das vezes água mesmo.
Isso me levou a perceber as diversas reações das pessoas. Os brasileiros em geral parecem ser os que mais se sentem incomodados quando eu escolho água ao invés de uma bebida alcoólica.
A pressão social para beber é forte; quase parece uma ofensa se eu peço uma Coca-Cola em vez de uma cervejinha. Muitas vezes me vejo em uma posição de ter que me justificar , como se escolher não beber fosse uma escolha estranha ou errada.E o mais interessante é que em geral, as pessoas aceitam mais se digo que é porque estou tomando algum remédio do que por vontade própria .
Essa situação constante me fez pensar mais sobre o papel do álcool na sociedade e o que ele representa. Comecei a reparar que maioria das fotos onde as pessoas estão reunidas são tiradas com um copo na mão, como se a bebida fosse a responsável pela felicidade e não a simples vontade de estar juntos.
Quantas fotos de bebida a gente não tira/ tirou ( e me incluo nessa) com os dizeres sextou! Como se a bebida representasse a alegria e a liberdade do fim de semana?
De maneira alguma a minha intenção é fazer uma apologia contra quem bebe ou uma crítica, pois como disse anteriormente eu diminui o meu consumo, mas ainda bebo um copo ou outro.
Esse texto trata-se de um convite para reavaliar o nosso relacionamento com a bebida e refletir o papel que ela tem em nossas vidas. Afinal, a felicidade autêntica e plena reside onde os sorrisos não são induzidos por substâncias, mas sim pela beleza dos momentos vividos em sua totalidade.