Você sabe o que é Parentalidade em Paralelo?

Gambe4Women
3 min readJan 12, 2024

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by Stella Furquim

Photo by Hillshire Farm on Unsplash

É um modelo de co-parentar para casais separados e divorciados onde as crianças passam quase que tempo equivalente com ambos os pais porém os pais mantêm um contato mínimo.

Este modelo de co-parentalidade é muito útil e protege mulheres e crianças, principalmente, quando existe situação de conflito interparental porque as responsabilidades parentais são compartilhadas, porém os pais seguem completamente desconectados um do outro com limites bem determinados.

Na parentalidade em paralelo o foco central são as crianças e a comunicação entre os pais deve ser cordial porém distante e reduzida a questões emergenciais apenas.

Tudo deve estar bem definido no plano parental nos mínimos detalhes possíveis e imagináveis.

Para que a comunicação entre os pais se dê de maneira respeitosa, fica definido um único meio de contato, geralmente por escrito como email ou apps desenvolvidos para registrarem toda a comunicação parental como por exemplo Talking Parents.

Dicas de como conseguir fazer uma boa parentalidade em paralelo

1. Comunique-se o mínimo possível: Pare de falar ao telefone com o genitor. Muitas mulheres quando se separam estão simplesmente exaustas de conflitos e discussões que nunca chegam a lugar nenhum. Ligações pelo telefone ou vídeo com o genitor podem se tornar a oportunidade perfeita para que ele siga proferindo ofensas e micro-agressões psicológicas. Defina no plano parental um modo exclusivo de comunicação por escrito, de preferência um modo que não possa ser deletado nem editado. Assim, tudo fica registrado e a mãe tem a oportunidade de ler e responder num momento onde estiver tranquila e possa refletir antes de reagir.

2. Regras para a comunicação: geralmente a comunicação frequente e necessária quando há guarda compartilhada faz com que ex-parceiros agressivos possam exercitar a hostilidade contra suas ex-companheiras e também desrespeitar limites e políticas de boa-vizinhança. E-mails devem ser usados para: planos de viagem, uma proposta para trocar o final de semana, etc. As situações de emergências excepcionais podem ser feitas via mensagens de texto. Caso o genitor aproveite estas mensagens para te agredir e assediar, simplesmente responda que se as agressões continuarem você vai se abster de responder as mensagens.

3. Não responda a ameaças de processos: Uma situação que ocorre com frequência, quando genitores estão impedidos de assediar as mães, costumam ameaçá-las de levá-las para os tribunais e alterarem o acordo de custódia. Não se abale e não morda a isca de engajar em discussões deste tipo.

4. Evite estar no mesmo ambiente em que o genitor: Sempre que possível, não frequente ambientes onde você sabe que vai encontrar o genitor para evitar situações conflituosas em público e na frente das crianças. Marque a reunião de professores separadamente também. Não programe festas de aniversários das crianças em conjunto para que não haja tensão num momento de alegria para suas crianças.

5. Siga sendo proativa na vida das crianças e continue participando ativamente da vida escolar e nas atividades para-escolares das crianças: evite que o genitor tenha a possibilidade de espalhar boatos de que você não está mais presente na vida das crianças ou que você esteja sofrendo de algum problema de saúde mental grave. Caso necessário, compartilhe seu acordo de custódia com estes profissionais para que fique bem claros os termos do acordo e da sua presença na vida dos seus filhos. Assim sendo, profissionais da escola e outros estabelecimentos terão maior dificuldade em impedir que você tenha acesso a informações que fazem parte do seu direito parental.

6. Cada cabeça, uma sentença: lembre-se que as suas regras e as regras da sua casa são as únicas que você pode controlar. A casa do genitor, não necessariamente, vai espelhar o que acontece na sua casa em relação a rotina das crianças. Hora e menu do jantar, banhos e hora de ir dormir podem ser diferentes e não há nada o que se fazer. Nem adianta sofrer por isso.

7. A importância de um plano parental bem construído: pensar em todos os detalhes ao conceber o plano parental pode fazer uma grande diferença na vida da sua família. Marque uma conversa pelo nosso site que podemos te orientar de acordo com a sua realidade.

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Grupo de Apoio a Mulheres Brasileiras no Exterior

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